O desafio do ensino da Matemática de forma lúdica

 

Olá, sou Maria Iranilde da Silva Duarte e trabalho com professora do ensino infantil desde 1987,  a mais de 30 anos de sala de aula na rede publica de ensino. Formada em pedagogia já fui professora de EJA e atualmente acompanho crianças com alguma necessidade especial.  Os alunos para qual dou aula estão em uma faixa etária entre 3 e 15 anos, dependendo de qual turma estarei acompanhando. E estou trazendo um pouco da minha vivencia em sala de aula e da utilização e algumas frutas na didática de ensino para vocês.

Maria Iranilde da Silva Duarte

O desafio do ensino da Matemática de forma lúdica

Sou professora de Educação infantil a mais de trinta anos, formada em pedagogia e atuando na rede Municipal de minha cidade com diferentes faixas etárias. Durante todos os anos de minha profissão sempre vi que as crianças têm certa dificuldade quanto ao aprendizado das ciências exatas, no caso, a matemática. São crianças que apresentam os mais diversos históricos e vivencias cotidianas o que em muitos casos dificultam o grau de aprendizado da criança, por diversos fatores que vem a influenciar tal situação, dentre eles estão: a metodologia que utilizamos, os métodos pedagógicos, motivos relacionado a vida e o ambiente em que o aluno está inserido, o ambiente físico, entre outros. Cada aluno tem uma maneira própria de aprendizado e um tempo determinado, marcado por uma barreira emocional, cultural, cognitiva. 

Afim de, suprir essas dificuldades sempre procuramos encontrar métodos pedagógicos que se encaixam com o perfil individual de cada aluno. Com o intuito de aperfeiçoar o ensino e auxiliar na fixação e absorção dos conteúdos, procuramos meios de reverter à situação e torna-lo mais dinâmico e lúdico.

Dentre estas, é possível destacar a utilização de alguns alimentos para dinamizar e incentivar não só o aprendizado como o consumo dos mesmos. Visto que, atualmente às escolas vem tentando introduzir, principalmente, o consumo de frutas e hortaliças a merenda; e como uma forma de unir essas duas vertentes adotou-se atividades que atenderiam ambos os objetivos da educação e da alimentação. Dentre elas esta a utilização de frutas e outros alimentos para a produção de receitas em sala, desde o Jardim I até o quinto ano, logicamente, em maneiras que equivalem a turma. Por exemplo, para um aluno do Jardim I é apresentado em quantidades para fazer uma salada de frutas, por exemplo, e lá já é introduzido os números, pequenas quantidades, tudo de forma lúdica e representativa, outra dinâmica é a colheita de frutas e hortaliças, onde fazemos um pequeno pomar de maças e as crianças vão colhendo e fazem a contagem de quantidades e descobrem os números e como utiliza-los de uma maneira mais expressiva.

Outra dinâmica bastante utilizada tem o fundamento no aprendizado das quatro operações, por exemplo, separamos duas crianças e colocamos em um potinho doze uvas e pedimos para que eles repartam em duas quantidades iguais para os dois, ensinando assim a divisão e a partilha, uma vez que, no fim os dois consomem a fruta. Já a subtração e a adição, fazemos em forma de problemas. (João tem dez acerolas e comeu cinco, com quantas ele ficou? – O aluno em questão estaria com as acerolas e as comeria, descobrindo o resultado no final). 

Utilizamos também as frutas para o ensino de porcentagem e frações, as frutas servem como meios de representar as partes de um todo, ex: Um Kiwi é cortado em quatro partes iguais onde cada uma irá representar 1∕4 de um todo ou 25%, faz com que o aluno tenha uma maior compreensão do que só fazendo a explicação teórica. Se ele consegue visualizar e identificar as partes à percepção passa a ser mais eficaz e de maior aproveitamento. 

Desta forma na vivencia prática do dia a dia da sala de aula aliamos o conhecimento de novos alimentos e hábitos saudáveis com o ensino da matemática, somando esforços para um melhor aprendizado de forma global, ressaltando a importância dos momentos lúdicos em sala de aula como estratégias de otimização do aprendizado.